segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Acidente-se na acidez

Eu gosto do que faz mal. Do que desgasta e revitaliza.
Consome minhas forças, dilacera minha carne, entorpece-me, aniquilando-me pouco a pouco de uma existência enfadonha e tão material.


[...]

Ah, o sangue que jorra...! Seu sabor tornou-se o combustível de uma alma pálida.
Feridas costuradas com ópio, anestesiadas com morfina.

Cicatrizes que não saem.
Estigmas.
[Indolores]






2 comentários:

Rodolpho Lupus disse...

Bem Winehouse!

Manda pra ela, vai adorar, garanto...

E lembre-se:
A reduction ad absurdum é uma das minhas bebidas prediletas

Arthur Gaspar disse...

Me identifiquei com esse texto. Sei o que não presta. Que faz mal. Mas é bom, paradoxalmente adoro. Sempre viveremos nesse eterno conflito. É ruim, mas nos satisfaz. É bom, mas não presta.
E assim vamos vivendo...

OBS: Que foto maravilhosa. Sexy e bela.