quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

O assombroso dia do Espanto





Tempo. Que tempo?
Tempo de tampar as amarras
As feridas, as falhas
Tempo tampão
Do fundo do baú, da penumbra à escuridão
Tempo fugaz
Tempo que leva e que traz
Que assusta, que maltrata
Tudo cura?
Nada apaga.

Irretratável tempo
Pare por um tempo
Nós que já não temos mais tempo.

Beije-me. Abrace-me.
Bata-me. Odeie-me.
Aja!
Haja tempo...
Aja no tempo
O tempo não perdoa a inércia
A vida pede um tempo
E o tempo pede a vida
Vivida.