sexta-feira, 20 de março de 2009

Homo sabriens

“Boa noite, querida.
Tenha doces sonhos macabros.”

Cubro-me. Acordo. “Descubro-me”. Que dor...
Mais um dia, um a mais...
Bom dia céu, bom dia mar, bom dia flores,
Bom dia a todos os cães pulguentos que cruzarem hoje o meu caminho.

[Sorrisos de Monalisa derramam suas graças. Sinto-me na Europa, respirando ares parisienses, cercada de telas Da Vincianas. Um luxo!]

Você é aquilo que fala
Aquilo que veste
Aquilo que constrói.
Cansei da simpatia. Prefiro bruxaria nórdica.
Cansei de ser sexy. Já ouviram? Recomendo.
Cansei da arquitetura-engenharia de projetos engavetados. Por isso resolvi fazer Direito. E será que o faço?
Cansei de ser Super-Homem. Fernando Pessoa me aplaudiria; Friedrich Nietzsche queimaria todos os seus manuscritos zaratustrianos.

Cafeína, mais cafeína.
Combustível de minha alma estéril, prestes a sair cantarolando e dançando “Ciranda-Cirandinha” com outras tantas alminhas risonhas.
Bom dia escudo. Bom dia espada. Acompanhem-me em mais uma missão bélico-diplomática.
Bom dia ao belo pôr-do-sol de Edvard Munch.